O
prefeito do Recife João da Costa vai se reunir com o seu grupo político
para discutir como pode reestabelecer o direito de postular a sua
reeleição na cidade. A militância do prefeito, que chegou a preparar uma
festa para recebê-lo no Aeroporto dos Guararapes, deve se reunir com
Costa para definir os rumos a serem tomados. A reunião ainda está sem
data e horário definidos. "Será depois do feriado", limitou-se a dizer o
presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, ao defender que o assunto
deve ser tratado sem cabeça quente. Uma coisa, porém, é dada como certa:
haverá resistência, segundo o Estadão.
Entre as alternativas levadas em conta pelo grupo de Costa estão tentar convencer, no diálogo, a executiva nacional do PT sobre o que considera "erro" da intervenção no processo sucessório do Recife; entrar com recurso na direção nacional em prol do direito à reeleição do prefeito ou buscar a Justiça comum visando a restabelecer o direito do prefeito de postular um segundo mandato. Segundo o ex-presidente estadual do PT, Jorge Perez, a decisão da executiva nacional "abre um precedente perigoso para o partido no nível nacional e deve ser negada". "Assim, basta não concordar com o processo democrático, para intervir". Ele destacou que o processo de escolha do candidato petista à prefeitura vinha seguindo todos os trâmites regimentais. Primeiro, relembrou, foi feita uma primeira prévia, em que o prefeito ganhou por 52% dos votos de Maurício Rands. A prévia foi anulada, a partir de questionamentos de quem tinha ou não direto de votar, e uma outra começou a ser organizada pela executiva nacional. Rands desistiu de concorrer e o prefeito manteve a intenção de disputar a reeleição. O problema, de acordo com os aliados do prefeito, foi a intervenção realizada pela executiva e não o nome de Humberto Costa, que seria tranquilamente acatado se ele aceitasse disputar e saísse vencedor de uma nova prévia. "Foi uma violência", resumiu o deputado federal Fernando Ferro. Para o grupo político do prefeito, a decisão da executiva nacional nada tem a ver com uma suposta negociação feita com o PSB, em que Humberto sairia candidato no Recife em troca do apoio a Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo. "Isso não existe, é desculpa para justificar uma intervenção que o governador Eduardo Campos (presidente nacional do PSB) não exigiu." "Esta história é apenas uma justificativa para a violência do PT neste processo", reforçou Fernando Ferro. "Pura especulação, o governador podia ter suas preferências, mas sempre deixou claro que acataria a decisão do PT do Recife", acrescentou a deputada estadual Teresa Leitão, apoiada pelo presidente do PT na capital, Oscar Barreto. |
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Fonte: | Escrito por Magno Martins, às 08h25 |
quinta-feira, 7 de junho de 2012
João da Costa deve reagir à imposição do nome de Humberto
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